Manifesto anti-media: A "verdade", liberdade de expressão, "fake news", polígrafos, censura, totalitarismo.
#Politics #Society #Totalitarianism #Freedom #FreedomOfSpeech #Democracy #Media #Capitalism #Globalism #SingleThought #Portugal
Anti-media manifesto:
Os mercadores da verdade gritam "fake news".
Mas hoje o papel principal é nosso.
Afinal de contas qual o problema das notícias falsas??
A mentira faz parte do mundo. Os jornais, e restantes media, só mentem e manipulam; os políticos mentem (e não é só em campanha eleitoral...); a publicidade é quase toda ela mentirosa; os infiéis mentem, os fiéis também; os arguidos mentem (e até têm esse direito); os ofendidos e as testemunhas mentem; a protecção civil e a DGS mentem; as polícias mentem (até nos autos de notícia); os presidentes dos clubes mentem; os vendedores de colchões e de suplementos alimentares mentem; as grandes empresas tecnológicas também; o Obama, o Haddad e o Juncker mentiam; o Trump, o Macron, o Biden, a Ursula e o Costa mentem; os cardiais mentem; todas as sogras mentem; a União Europeia mentia, mente e mentirá.
Afinal quem não mente? E quem é o dono da verdade? A quem vamos atribuir o poder de proclamar o que é verdade e o que é mentira? E depois, quem vamos escolher para controlar o trabalho, honestidade e competência de quem tem como missão declarar a verdade, comparando aquele as suas próprias conclusões e dogmas com as emanadas deste? Vamos entrar numa bola de neve, numa espiral infinita? Vamos construir um novo Oráculo de Delfos? E quem será a Pítia?
Vamos lá a ganhar juízo e acabar com as infantilidades. Estes media actuais estão pejados de fantoches e garotões acéfalos.
É a cada cidadão, provido da sua razão, da sua própria capacidade de entendimento, que compete, em exclusivo, o poder de acreditar ou não acreditar, filtrar, julgar, comprovar ou não comprovar, medir, tomar ou não como verdade, absoluta ou relativa, parcial ou transitória; enfim, numa palavra, fazer uso das suas capacidades intelectuais e decidir. É chato não é? Que desplante... o cidadão a decidir por si próprio...
Tudo quanto não precisamos é de um Goebbels, de um oráculo ou dum ministro da verdade, que decida por nós o que é ou não verdade, o que podemos ou não ler, ouvir, ver, etc.
É certo que, durante muitos anos, e pelo menos até certo ponto, a imprensa, os media, prestaram-se a esse papel de serem a boca da verdade. E é manifesto que os ditos media se deleitavam com tal doce poder. Podiam, a seu bel prazer, deturpar a verdade, ou escondê-la, ou então vomitá-la até sermos endroutrinados, ou ainda ser hipócritas, cínicos ou tendenciosos na sua revelação.
E eram felizes, viviam a vida calma das raízes. Tinham, de certa forma, o monopólio da verdade. E o que não passava na TV era porque não existia... Lembram-se? E esses monopolistas ainda faziam dinheiro vendendo "a sua" verdade...
Porque, no fundo, é sobretudo disso que se trata, não é? Cada um tem a sua verdade.
Mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Muda-se o ser, muda-se a confiança...
Esse monopólio acabou. Bem compreendo o vosso desespero, assim como a desilusão e frustração que sentis, ó gente dos media. Gritais em silêncio: "ó tempo, volta para trás!". Esperneais, vociferais, fazeis até birras, mas o passado foi lá atrás, foi uma história que se fez...
E já nasceu um novo dia, tendes visto o poder escorrer-vos pelas mãos...
Dos vossos tempos áureos, de manipulação, ocultação, deturpação, endoutrinação, só restam as vossas saudades...
Agora são imensas as fontes da verdade, e, vêde... ei-las que escapam ao vosso controlo... ei-las que ganham asas!...
Agora cada cidadão pode ter o seu próprio púlpito, e um megafone até... Agora cada cidadão pode dizer de sua justiça, ter a sua verdade, e publicá-la, bradá-la aos sete ventos, se assim lhe aprouver.
Agora cada cidadão pode aceder às verdades todas que por aí pulularem, e também às mentiras todas, e reunir tudo, ou seleccionar, e optar, e sobretudo pensar...
Porque, afinal, é também disso que se trata, não é? E quando o cidadão pensa por si próprio é tramado, não é?
O vosso poder de outrora tornou-vos arrogantes e pretensiosos, ó gente dos media! Vós não sois os iluminados, os detentores da verdade, os seres capazes de filtrar ou detectar a verdade ou a mentira, e muito menos tendes revelado imparcialidade, equidistância, isenção, probidade, independência...
Agora, que vistes o vosso poder esfumar-se, pretendeis ser como que os "farejadores da verdade"... Farejais, farejais, nariz ora empinado ora a esfurdaçar, e pretendeis apresentar-nos a verdade, pronta a vestir... Mas já nem para isso servis, ó mercadores da verdade!... Foi-se a necessidade e foi-se a confiança...
A verdade é que os tempos mudaram, ó gente dos media! Por isso, para ajudar a enxugar vossas lágrimas, deixo-vos uma singela canção:
Vinde, viver a vida, amores
Que o tempo que passou
Não volta não...
Sonhos, que o tempo apagou
Mas para vós ficou
Esta canção!
Mas, ó gente dos media, nem isto cala a vossa dor! Porque... escutai... prescrutai os novos tempos... É como se, em cada alma do vosso outrora domesticado público, se erguesse agora uma voz, uma voz que vos acusa, uma voz que vos desmascara, uma voz que vos desengana, uma voz que voz diz:
A noite acabou
O jogo acabou
Para mim aqui
Quando acordar
Já te esqueci
O filme acabou
O drama acabou, acabou-se a dor
Tu sempre foste um mau actor
Fizeste de herói no papel principal
Mas representaste e mentiste-me tão mal
Quem perdeu foste tu, só tu, e nunca eu
Afinal hoje o papel principal é
Meu, e só meu
E quem perdeu foste tu, só tu, e nunca eu
Afinal hoje o papel principal é meu...
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