#namorada

eduardopribeiro@diasporabr.com.br

Hoje passei por uma situação #angustiante. Passei, de verdade, pela #tristeza de consolar alguém que sofreu de #racismo. Eu, como branco, homem cis, me vi fraco. Me vi impotente pelo fato de saber que, de alguma maneira, as pessoas que eu amo passam e ainda passarão por essa situação.

Minha #namorada, ao fazer uma entrevista de #trabalho, teve de escutar que só conseguiria a vaga se tivesse o #cabelo alisado. Sim, para ter um #emprego, um #dinheiro mínimo para subsistência, ela teria de matar parte da sua #personalidade. Teria de alisar anos de tratamento, anos de autorreprovações, anos de dinheiro em cremes e salão para chegar no resultado que ela sempre sonhou.

Para agradar a quem?, eu lhe pergunto. Uma minoria #burguesa racista que, por viver na orla, acha que é superior a qualquer outro. Como se se o mar não os afogaria tal qual afoga um #preto, um #gay, uma pessoa #trans... É patético.

Ela, felizmente, manteve o seu #orgulho. Manteve as suas #raízes e as suas #lutas. Mas quantas não tem de se submeter a absurdos como este todos os dias? Quantas e quantos não tem de escutar ofensas em forma de piadas, olhares subjugadores, acusações infundadas ou até a #invisibilidade como cidadão? É terrível.

Vivemos num #mundo racista. Num mundo #mau e #cruel com quem não merece. Situações como estas nos lembram o quanto as pessoas podem ser ruins umas com as outras a troco de umas #migalhas.