#preconceito

fa@venera.social

Da série #Dúvida cruel -
¿Por qué se escandalizan por las que luchan y no por las que mueren? -

https://pic.twitter.com/FpjR5l7LY1 - ou -
https://www.facebook.com/jupagul/posts/3411234915569723 -
RT vicky - Via Jul Pagul - Me Too México - #Abuso #Assassinato #Assédio #Espancamento #Estupro #Feminicídio #Gênero #Menina #Mulher #Machismo #Poder #Preconceito #Saúde #Sexismo #Violência - #AbortoLegalGratuito -
"Por que se escandalizam por as que lutam e não pelas que morrem?" -

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

O Brasil é um país evangélico como o diabo gosta

Pastor Zé Barbosa Jr

A explosão evangélica trouxe a reboque o crescimento da violência doméstica, do feminicídio, da LGBTFobia, do racismo religioso e de muitos outros preconceitos e doenças sociais que estavam ou estagnadas, ou tinham desaparecido. O negacionismo científico é um exemplo desses: O Brasil que havia erradicado algumas doenças por conta de campanhas magníficas de vacinação desde a mais tenra infância volta a enfrentar, pasmem, casos de sarampo e poliomielite (paralisia infantil). E esse retrocesso tem muito os pés fincados num fundamentalismo religioso, doentio e anticientífico, característica marcante do evangélico que hoje grita “mito” num culto para receber o presidente Bolsonaro.

https://revistaforum.com.br/opiniao/2022/7/15/brasil-um-pais-evangelico-como-diabo-gosta-por-pastor-ze-barbosa-jr-120287.html

#religião #cultura #abuso #anticiência #superstição #política #racismo #preconceito #discriminação #Brasil #jesus #cristianismo

faconti@joindiaspora.com

Sobre o #DiaDasCrianças - 5 -
‘Ele beijava aqui’: #Menina de #3anos mostra parte íntima para falar do #Estupro que sofria do irmão mais velho -
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/estupro-irmao-crianca/
RT DCM ONLINE - #Estupro #Menina #Machismo #Poder #Preconceito #Violência #brasileiros -
“…O irmão da criança foi indiciado por abuso de vulnerável. A gravação é mantida em sigilo em inquérito de o investiga por abusos de quatro crianças. Duas das vítimas são suas irmãs de 3 e 9 anos.
A denunciante do caso é P.C, mãe de uma menina de 13 anos, que é prima do acusado. Ela diz que a filha foi abusada por ele durante anos, entre os 5 e os 10 anos de idade. Relata que a adolescente adquiriu um trauma…” -

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

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Folha de S.Paulo ›

Negacionismo da casa-grande

October 04, 2021

VÁRIOS AUTORES (nomes ao final do texto)

#LeandroNarloch é um dos maiores pensadores atuais do #humanitismo. Ao escrever, em coluna nesta Folha, que foi possível a certos escravizados triunfar por mérito e esforço próprios (“Luxo e riqueza das ‘sinhás pretas’ precisam inspirar o movimento negro”; 29/9), sugere também ser possível triunfar em uma sociedade injusta e desigual como a nossa. Ao defender abertamente a ideia de que as distorções hierárquicas brasileiras são legítimas, sua coluna parece ter saído diretamente das páginas do jornal Atalaia, do romance de Machado de Assis.

A #diáspora #africana, quatro séculos de #escravidão, documentos, relatos, pesquisas e milhões de brasileiros descendentes de africanos —nada disso é páreo para a #história pessoal de algumas #mulheres.

A escrita da história envolve disputas, o que nos exige compromisso contra todo um arsenal de horrores que alimentou, por exemplo, o fascismo. Por tamanha responsabilidade, o trabalho do historiador é um exercício ético constante; já a produção de caricaturas e outras formas textuais, não.

Defensor da #meritocracia nos trópicos, podemos já antever a reação do jornalista não apenas a este, mas também a outros textos: ver-se como uma pobre mente pensante, supostamente autônoma, vítima de um silenciamento, que teria ousado desafiar o status quo.

O historiador Pierre Vidal-Naquet já nos alertava em seu trabalho sobre o Holocausto, “Os Assassinos da Memória”, de que podemos e devemos sempre #discutir #sobre revisionistas, mas #jamais #com os #revisionistas.

Certo mito apaziguador diz que a história do #Brasil é caracterizada por um perfil relativamente pacífico, o que é rapidamente desmentido por inúmeras guerras, rebeliões, sedições e revoltas contra um projeto de país forjado em ferro, brasa, mel de cana, pelourinhos, senzalas, concentração fundiária, aldeias mortas, tambores silenciados, truculência oligárquica e chicote dos capatazes, entre outros.

Mesmo assim, o colunista insiste na manutenção do que a herança escravista produz de pior: a #negação da resistência negra e o elogio àqueles escravizados que, inseridos na dinâmica brutal do escravismo, alcançaram a plena realização como #senhores de escravizados.

Os horrores da escravidão e sua herança para a sociedade brasileira estão presentes em farta documentação e foram objeto de numerosos estudos de pesquisadores brasileiros. Contudo, historiadores e suas obras raramente ganham a projeção do texto falacioso e racista de Narloch.

A irrelevância das #bobagens que foram escritas não merece resposta no campo da historiografia. Basta reconhecer sua excepcionalidade e a persistência do #preconceito, numa sociedade em que a elite era quase uniformemente branca —e continua a sê-lo. O sucesso parcial dentro de parâmetros manifestamente injustos não os legitimam; antes, aumentam seu horror.

O problema maior reside no fato de que essas aberrações se vulgarizam e chegam às salas de aula, obrigando #educadores a confrontá-las. É por conta da projeção que textos dessa natureza ganham que todos os dias professores entram em sala de aula para reafirmar o #óbvio, que #escravidão, #nazismo e #ditadura existiram e devem ser condenados —ou que vacinas salvam vidas.

Não tenhamos ilusões. Ao combater e desqualificar a memória do sofrimento e da luta dos mortos, gente como Narloch pretende —mirando a casa-grande— impedir que elas sejam centelhas capazes de animar as lutas dos vivos em nome de uma sociedade mais justa e fraterna. Daí sua tentativa francamente bizarra de pautar o #movimento #negro, cinicamente sugerindo a valorização daqueles que participaram do sistema de exploração em vez dos que o contestaram.

Dar espaço e, consequentemente, projeção a esse tipo de argumento #não é um exercício de #democracia. O #negacionismo é tal qual o abraço do afogado: quando se dialoga com ideias falaciosas, não há o que ser salvo; simplesmente afunda-se junto, pois o que procuram não é #debate, mas a #provocação.

Mais importante até do que uma resposta ao colunista e seus congêneres é uma resposta da própria Folha, pois sua busca pela “pluralidade de ideias” degenerou-se em palanque justamente para aqueles que são contra essa #diversidade, os quais não hesitam em usar de má-fé para distorcer a realidade e defender a hierarquia excludente que marcou a nossa história. É esse o papel de um jornal a serviço da democracia?

Rodrigo Nagem de Aragão
Mestrando em história pela USP

Ana Paula Saviatti
Doutoranda em história pela Unicamp

Dennis Almeida
Professor de história

TENDÊNCIAS / DEBATES
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