#abuso

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Da série #Dúvida cruel -
¿Por qué se escandalizan por las que luchan y no por las que mueren? -

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RT vicky - Via Jul Pagul - Me Too México - #Abuso #Assassinato #Assédio #Espancamento #Estupro #Feminicídio #Gênero #Menina #Mulher #Machismo #Poder #Preconceito #Saúde #Sexismo #Violência - #AbortoLegalGratuito -
"Por que se escandalizam por as que lutam e não pelas que morrem?" -

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

O Brasil é um país evangélico como o diabo gosta

Pastor Zé Barbosa Jr

A explosão evangélica trouxe a reboque o crescimento da violência doméstica, do feminicídio, da LGBTFobia, do racismo religioso e de muitos outros preconceitos e doenças sociais que estavam ou estagnadas, ou tinham desaparecido. O negacionismo científico é um exemplo desses: O Brasil que havia erradicado algumas doenças por conta de campanhas magníficas de vacinação desde a mais tenra infância volta a enfrentar, pasmem, casos de sarampo e poliomielite (paralisia infantil). E esse retrocesso tem muito os pés fincados num fundamentalismo religioso, doentio e anticientífico, característica marcante do evangélico que hoje grita “mito” num culto para receber o presidente Bolsonaro.

https://revistaforum.com.br/opiniao/2022/7/15/brasil-um-pais-evangelico-como-diabo-gosta-por-pastor-ze-barbosa-jr-120287.html

#religião #cultura #abuso #anticiência #superstição #política #racismo #preconceito #discriminação #Brasil #jesus #cristianismo

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

Jamil Chade: Carta para Arthur do Val: a condição feminina na guerra e na paz

05/03/2022 05h30

Senhor deputado,

Confesso que não conhecia seu nome, e nem sua denominação de guerra. Mas os áudios indigestos que vazaram com seus comentários sobre a situação na Ucrânia me obrigaram a escrever aqui algumas linhas sobre o que eu vi em campos de refugiados e filas de pessoas desesperadas para escapar da guerra e da pobreza ao longo de duas décadas.

Não estou acusando o senhor e sua comitiva do que estará exposto abaixo. Mas considero que, sem entender essa dimensão do sofrimento humano, fica impossível justificar uma viagem como a que o senhor faz para ajudar a defender um povo.

Ao longo da história, a violência sexual é uma das armas de guerra mais recorrentes para desmoralizar uma sociedade. Ela não tem religião, nem raça. Ela destrói. Demonstra o poder sobre o destino não apenas das vidas, mas também dos corpos e almas.

Percorrendo campos de refugiados em três continentes, o que sempre mais me impressionou foi a vulnerabilidade das mulheres nessa situação.

Mas, antes, vamos ser claros aqui. Não precisamos sair do Brasil para saber que as mulheres, simplesmente por serem mulheres, precisam passar a vida se explicando. Como se necessitassem de chancela ou justificativa para determinar o destino de seu corpo ou coração, se podem trabalhar ou ter tesão. Intolerável, não?

Então, o senhor pode imaginar o que isso significa em tempos de guerra, onde a lei e a moral são suspensas?

Conheci certa vez uma garota yazidi. Ela me contou como, depois de sua cidade ser tomada por islamistas, ela foi transformada em escrava sexual. Aqueles olhos verdes intensos se enchiam de lágrimas quando contava que, num calabouço, ela e as demais meninas se dividiam em dois grupos.

Aquelas que rezavam para sobreviver e aquelas que rezavam para morrer logo.

Ela também me contou que, num ato de solidariedade com as outras mulheres que viriam depois delas, foi iniciado um gesto espontâneo de escrever mensagens nas paredes daqueles quartos imundos, inclusive com dicas de como agir. Escreviam com a única cor que tinham. O vermelho do sangue de suas vaginas estupradas.

O senhor me diria: claro, isso é coisa de terrorista islâmico. Sim, sem dúvida. Mas quero lhe contar o que investigações e auditorias revelaram em um local mais próximo de nós: o Haiti.

Ali e em outros locais onde estão destacadas, as tropas de paz da ONU - repletas de moral, credibilidade e protocolos - foram acusadas de estupro e de abusos com mulheres, meninas e meninos. Alguns, em troca de comida. Num caso específico, um garoto era semanalmente estuprado por oficiais, em troca de bolachas. Há até mesmo uma categoria de crianças hoje nesses países, "os filhos da ONU".

Na Sérvia, num barracão onde eram depositados os refugiados que aguardavam para chegar até a Europa Ocidental, conheci uma mulher que não falava. Sua irmã, depois, veio me explicar que ela ficou muda depois de ter sido estuprada pelo "guia" que seus pais tinham contratado na Turquia para que elas cruzassem as fronteiras. Para pagar pelo guia, os pais venderam as únicas coisas que tinham: uma casinha e dois animais.

Em Dadaab, no Quênia, entendi toda a minha ignorância quando fui perguntar para um grupo de crianças do que elas tinham mais medo. Achei que a resposta seria: as bombas de Mogadíscio. Mas era do escuro do campo de refugiados. Quando pedi para saber o motivo, uma delas sussurrou: "não podemos nem ir ao banheiro pela noite. Um homem pode fazer coisas ruins com nosso corpo".

Anos depois, voltei a viajar para a África. Da janela do avião a hélice em que eu voava, podia ver como um garoto usava um pedaço de galho para tentar dirigir o destino de vacas e outros animais. Enquanto ele conseguia dar direção ao gado, algumas reses escapavam um pouco adiante.

Do assento em que eu estava, quase não consegui ouvir quando o piloto se virou para trás e, competindo com o barulho do motor, gritou que estávamos iniciando a aterrissagem. Jamais imaginaria que, minutos depois, era sobre aquele local de terra de onde o garoto estava retirando os animais que o avião iria pousar. O que de fato eu tinha visto era a preparação da pista de pouso.

Eu tinha viajado para um lugar a oeste da cidade de Bagamoyo, na Tanzânia, para escrever sobre o impacto da Aids numa das regiões mais pobres do planeta. Mas seria naquele local que eu descobriria, de uma maneira inusitada, a dimensão do drama de imigrantes e refugiados. Ao longo dos anos, visitei campos de refugiados na fronteira do Iraque, entre o Quênia e a Somália, em Darfur, na rota entre a Turquia e a Europa. Vi milhares de pessoas sem destino. Mas, nas proximidades de Bagamoyo, aquela história era diferente. Oficialmente, não havia uma guerra. Não havia um acampamento de refugiados. Mas eu logo descobriria que nem por isso o desespero deixava de estar presente naquela população.

Eu fazia uma visita a um hospital e esperava para falar com o diretor. Por falta de médicos, ele fora chamado para fazer um parto. Sabia que aquilo significava que eu passaria horas ali, à espera de minha entrevista. Restava fazer o que eu mais gostava nessas viagens: descobrir quem estava ali, falar com as pessoas, perambular pelo local, ler os cartazes e simplesmente observar. No portão do centro de atendimento, centenas de mulheres com seus véus coloridos aguardavam de forma paciente. Tentavam afastar as moscas, num calor intenso, enquanto o choro de crianças rompia os muros descascados daquela entrada de um galpão transformado em sala de espera.

Ao caminhar para uma das alas, fui barrado. Os enfermeiros me pediram que não entrasse no local. Quando perguntei qual era a especialidade daquela área, disseram que não podiam revelar. Em partes da África, o preconceito e o estigma em relação aos pacientes de Aids obrigam os hospitais a não indicar nem em suas paredes o nome da doença. Decidi sair do prédio em ruínas e, num dos pátios do hospital, vi duas garotas brincando.

Não tinham mais de 10 anos de idade. E o único momento em que olharam para o chão, sem resposta, foi quando perguntei o que faziam ali. Mas a curiosidade delas em saber o que um rapaz branco, com um bloco de notas na mão e uma câmera fotográfica, fazia lá era maior que sua vontade de contar histórias. Desisti de seguir com minhas perguntas. Expliquei que era jornalista brasileiro e, para dizer meu nome, mostrei um cartão de visita, que acabou ficando com elas.

Quando iam responder à minha pergunta sobre os seus nomes, nossa conversa foi interrompida por uma senhora que, da porta do hospital, me avisava que o diretor já estava à disposição para a entrevista. Deixei aquelas crianças depois de menos de cinco minutos de conversa. Já caminhando, virei e disse uma das poucas expressões que tinha aprendido em suaíli: kwaheri - "adeus". Ganhei em troca dois enormes sorrisos.

Terminada a entrevista com o diretor do hospital, confesso que nem sequer notei se as meninas continuavam ou não no pátio. Estava ainda sob o choque de um pedido do gerente da clínica, que, ao terminar de me explicar o que faziam, me perguntou se eu não poderia deixar para eles qualquer comprimido que tivesse na mala. Qualquer um. Até mesmo se o prazo de validade já tivesse expirado.

Alguns meses depois, já na Suíça, abri minha caixa de correio de forma despretensiosa ao chegar em casa. Num envelope surrado e escrito à mão, chegava uma carta de Bagamoyo.

Pensei comigo: deve ser um erro e a carta deve ter sido colocada na minha caixa por engano. Eu não conheço ninguém em Bagamoyo. Mas o envelope deixava muito claro: era para Jamil Chade.

Antes mesmo de entrar em casa, deixei minha sacola no chão e abri o envelope. Uma vez mais, meu nome estava no papel, com uma letra visivelmente infantil. Eu continuava sem entender. Até que comecei a ler. No texto, em inglês, quem escrevia explicava que tinha me conhecido diante do hospital e que tinha meu endereço em Genebra por conta de um cartão que eu lhe havia deixado.

Como num sonho, as imagens daquelas garotas imediatamente apareceram em minha mente. Mas o conteúdo daquela carta era um verdadeiro pesadelo. A garota me escrevia com um apelo comovedor. "Por favor, case-se comigo e me tire daqui. Prometo que vou cuidar de você, limpar sua casa e sou muito boa cozinheira." A carta contava que sua mãe havia morrido de Aids - naquele mesmo hospital - e que seu pai também estava morto.

Cada um dos oito filhos fora buscar formas de sobreviver e ela era a última da família a ter permanecido na empobrecida cidade. "Preciso sair daqui", escrevia a garota. A cada tantas frases, uma promessa se repetia: "Eu vou te amar."

Uma observação no final parecia mais um atestado de morte: "Com as últimas moedas que eu tinha, comprei este envelope, este papel e este selo. Você é minha última esperança."

Deputado, talvez o senhor classificaria essa pessoa no grupo de "meninas fáceis". Eu, porém, chorei de desespero e de impotência diante daquele pedido de resgate.

Eu e o senhor- homens brancos - nascemos como a classe mais privilegiada do planeta. Eu e o senhor não tivemos de fazer nada para adquirir esses privilégios. Existimos.

É nossa obrigação, portanto, desmontar o processo de profunda desumanização de uma guerra e da miséria. Cada um com suas armas.

Não sei qual será o destino que a Assembleia Legislativa em São Paulo, seu partido e seus eleitores darão ao senhor. Qualquer que seja ele, só espero que esse episódio revoltante sirva para que haja alguma insurreição de consciências sobre a condição feminina. Na guerra e na paz.

Grato pela atenção

Jamil

#JamilChade #UN #ONU #guerra #war #mulheres #women #crianças #children #paz #peace #abuso #violência #MBL #Brasil #política

faconti@joindiaspora.com

10/29 - #DiaNacionalDoLivro - 02 - 📖 -
As #Escritoras que tiveram de usar pseudônimos masculinos – e agora serão lidas com seus nomes verdadeiros -
https://bbc.in/2DcdvZA - [15/04/2018] -
RT BBC News Brasil - [15.04.2018] - #Abuso #Dinheiro #Mulher #Poder #Violência -
Amantine Dupin = George Sand, Mary Ann Evans = George Eliot, Charlotte Brontë = Currer, Ellis, Anne Brontë = Acton Bell, Violet Paget = Vernon Lee …
“… Mulheres que desejavam se tornar escritoras de romances publicavam com #Pseudônimos ou mesmo #anonimamente, a partir do século 18. A mais famosa delas é a inglesa #JaneAusten. A capa de seu primeiro romance, Orgulho e Preconceito, diz apenas: “Um romance. Em três partes. Escrito por uma dama.”
… nos anos 1990, a escritora britânica #J.K.Rowling escondeu seu primeiro nome, Joanne, por sugestão da empresa que publicou sua obra. Em entrevistas concedidas depois do sucesso mundial de sua série de livros #HarryPotter, ela disse ter ouvido de seu editor que o uso dos primeiros nomes abreviados, que deixavam a assinatura mais ambígua, facilitaria que os livros fossem lidos por #meninos …” -

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

Diretor do Colégio Militar de BH é acusado de submeter alunos a maus-tratos
Funcionários fizeram manifesto crítico ao coronel Régis Rodrigues Nunes, que comanda a escola

#biscoiteiro #crime #milicagens #abuso
#ECA #direitos #crianças
#MG #BH
#covid-19 #educação

Funcionários do Colégio Militar de Belo Horizonte divulgaram um manifesto contra o diretor da escola, o coronel de cavalaria Régis Rodrigues Nunes. O texto acusa o militar de submeter os alunos a maus-tratos e de não garantir o cumprimento das regras de combate à Covid-19.
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O manifesto afirma também que durante o treinamento, os alunos eram obrigados a "ficar de pé o tempo todo e imóvel em boa parte do tempo, além de momentos em que a tropa desfila".

Os funcionários fizeram fotos que, segundo eles, mostram estudantes esperando atendimento médico na enfermaria do colégio na manhã de quinta-feira (9), quando a cidade registrava um dia de sol e tempo seco.
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Há registros ainda de estudantes segurando uma espécie de espingarda conhecida como “pau de fogo”. Funcionários afirmaram que alguns dos estudantes que carregam o equipamento nas imagens têm menos de 18 anos, e que eles estavam descarregados.

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) proíbe a entrega de qualquer tipo de armas a menores de idade, mesmo descarregadas.

faconti@joindiaspora.com