#direita

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Claudicando diante do imperialismo, #Lula perde muito da #esquerda e nada ganha da #direita

É inegável que houve uma mudança no tradicional posicionamento de Lula com relação aos que costumavam ser seus mais próximos aliados na América Latina

https://www.brasil247.com/blog/claudicando-diante-do-imperialismo-lula-perde-muito-da-esquerda-e-nada-ganha-da-direita

Por que esta exigência de nosso governo está sendo feita exatamente contra o processo bolivariano da #Venezuela? Por que nenhuma restrição foi levantada há tão somente uns poucos meses quando o presidente da #França Emanuel #Macron ignorou a clara e inobjetável vitória das forças de esquerda nas eleições parlamentares e manteve no cargo de Primeiro Ministro alguém filiado a seu derrotado grupo político? Por que o governo de #Lula e nenhum outro cobraram que o presidente de #ElSalvador, Nagib #Bukele, apresentasse as atas das recentes eleições nas quais ele foi dado como vencedor, a despeito de que a oposição tenha gritado fraude? Por que o governo peruano de #DinaBoluarte continua sem nenhum questionamento, sendo que é fruto de um descarado #golpe que removeu do cargo e prendeu o presidente legítimo, #PedroCastillo? Por que nem o #Brasil, nem os #EstadosUnidos, nem a #UniãoEuropeia abrem a boca para protestar contra a permanência no exercício do cargo presidencial de Volodimir #Zelenski, uma vez que o mandato do dito cujo já #expirou há um bom tempo?

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#Venezuela: o que te escondem - e o que verdadeiramente está em jogo - nas eleições

Parcela da esquerda cai na armadilha da direita e apoia amiga de Milei e Bolsonaro para ficar limpinha
Maria Corina Machado, candidata de facto da oposição venezuelana, com seu amigo Javier Milei

Por #YuriFerreira

Escrito en OPINIÃO el 25/7/2024 · 09:52 hs

As #eleições na #Venezuela no próximo domingo (25) são o grande tema da #política internacional da semana. Mas o #empobrecimento do #debate realizado no #Brasil sobre o país é verdadeiramente assustador.

Nas redes sociais e na #imprensa tradicional, a única questão que parece existir nessas eleições é: Maduro é ditador? Como vai ser a contagem de votos? Que linda a oposição venezuelana! Veja só como ele atacou o sistema eleitoral brasileiro...

Esse debate - amplamente capturado pelos interesses mais neoliberais - me parece infértil sob diferentes aspectos: se Maduro vencer, quem o questiona como ditador não aceitará o resultado das eleições.

Se Maria Corina Machado ganhar, a vitória contra a "ditadura" - que permite eleições competitivas - será celebrada pelos incautos ou interessados na derrocada da esquerda venezuelana.

Criticar Maduro por suas falas tiradas do contexto - como a do banho de sangue - é muito fácil. Outros criticam o presidente por sua aliança com a Igreja Universal. Outros, por ser "tosco".

Mas parece que, para essa esquerda - muito mais preocupada com aparências e validações de entidades internacionais - é muito difícil criticar Maria Corina Machado, cuja única plataforma é a #privatização #total da #Venezuela.

Maria Corina Machado, não se esqueçam, é signatária do Foro de Madri, organização privatista da #extrema #direita globa, que conta com Javier #Milei e Eduardo #Bolsonaro.

Então, para estes, vale de tudo pela institucionalidade? Vale implementar o neoliberalismo mais nefasto em troca da melhora de aparências?

A armadilha da vitória da oposição

O plano da Mesa de la Unidad Democrática é somente este: vender o país inteiro para os EUA, inclusive a estatal de petróleo #PDVSA.

Para fazer isso, pela #constituição do país, a #MUD precisaria de apoio para uma reforma constitucional na Assembleia Nacional e de apoio na Suprema Corte.

Não será possível, porque a câmara é dominada pelo #PSUV e a maioria dos membros do supremo venezuelano são chavistas.

Para isso, a Mesa de la Unidad Democrática, tão guapa e fragrante, terá que fechar o #Congresso, acabar com os movimentos sociais, e na prática, dar um #golpe de estado.

Ou seja: Maduro pode aceitar o resultado eleitoral perfeitamente. Ainda assim, para governar - leia-se vender a Venezuela -, a extrema direita terá que cruzar a linha da institucionalidade, tão prezada por parte do campo progressista brasileiro.

Se isso ocorrer, perceberão o erro que cometeram? Ou vão condenar o golpe que, na prática, apoiaram?

Dá pra criticar Maduro?

Mas é claro que dá. Opa!

Mas poucos o fazem pelos motivos certos.

Poucos o criticam por sua #política #econômica dos últimos anos, que expandiu as #privatizações no país e #diminuiu o papel do #Estado na #economia.

Poucos o criticam pela #dolarização da economia da Venezuela causada pela escalada #inflacionária. Maduro tem tentado controlar os papéis e adotado uma agenda mais pragmática para defesa da economia, o que tem causado #retrocessos em #direitos #sociais e #renda no país.

Poucos o criticam pela aliança com alas mais ao centro da política venezuelana que têm feito o governo ceder ao interesse de alguns setores econômicos e políticos.

Mas é isso que essa parcela da #esquerda brasileira faz?

Não. Os #sociais #liberais compram qualquer narrativa descontextualizada vendida pela imprensa golpista venezuelana que apoiou sucessivos #golpes à #democracia e a transformam em fato para tentar transformar Maduro em um monstro.

Uma das piores é recente, em que diversos jornais noticiaram a suposta censura a quatro sites opositores: três deles seguiam no ar e um nunca existiu.

Entre as #mentiras dos que querem transformar a Venezuela em paraíso #neoliberal e o risco de ficar mal na foto por defender a #soberania venezuelana, a segunda opção parece mais adequada.

Quem você escolhe entre o #vendilhão bonitinho e o #soberano "tosco"? A escolha não é muito difícil...

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

Defensora do genocídio e da censura, CONIB é inimiga da democracia

Breno Altman

Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel

'Assim como combater o nazismo não era ódio aos alemães, lutar contra o sionismo não é antissemitismo', destaca Altman

https://www.brasil247.com/blog/assim-como-combater-o-nazismo-nao-era-odio-aos-alemaes-lutar-contra-o-sionismo-nao-e-antissemitismo

Mais uma vez a Confederação Israelita do Brasil recorre a demandas judiciais para impedir meu #direito constitucional à #expressão e à #opinião.

Como parte da estratégia mundial das forças #sionistas, a principal #agência do Estado de #Israel em nosso território utiliza vultosos recursos financeiros e organizacionais para levar adiante seus métodos de #lawfare, com o intuito de #calar a #crítica e a #denúncia do #massacre contra o povo #palestino.

Agora, o comando do lobby sionista no #Brasil exige não apenas minha #exclusão de todas a plataformas de mídia social como também que eu seja #proibido de participar em “lives, videos e manifestações” sobre a questão palestina, “sob pena de prisão preventiva”.

Esses são os pedidos, sob a forma de medida cautelar, que a #CONIB encaminhou, no dia 11 de janeiro, ao juiz da 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Configuram claramente pressão por censura prévia, mecanismo abolido desde o final da #ditadura. Os representantes de Israel querem ter o direito de anular a opinião de um #jornalista #brasileiro, simplesmente proibindo-o de analisar e denunciar os delitos humanitários do sionismo.

Além do mais, os argumentos são ardilosos e falsos, como de hábito. Não apontam uma só mentira que eu tenha dito ou escrito. Malandramente tentam estigmatizar como antissemitas a oposição aos #crimes de #lesa-humanidade do Estado de Israel e a repulsa aos atos de seus dirigentes desde 1948.

Combato sem tréguas a corrente ideológica encarnada no regime #sionista, é fato, por sua natureza #colonial e #racista, cujas entranhas estão expostas na atual política de extermínio na Faixa de #Gaza. Isso nada tem a ver com antissemitismo, conceito historicamente empregado para o preconceito racial contra judeus.

Da mesma maneira que lutar contra o nazismo não representava ódio aos alemães, enfrentar o sionismo não tem qualquer relação com sentimentos antijudaicos. Confundir antissionismo e antissemitismo não passa de manobra falaciosa.

Sou #judeu, de uma família com muitas vítimas no #Holocausto. Meu pai e meu avô, #antissionistas como eu, foram importantes dirigentes da #comunidade judaica, liderando instituições de grande prestígio e memória do povo judeu, como a Escola Scholem Aleichem e a Casa do Povo. Apontar-me como antissemita é acusação falsa, sórdida e injuriosa.

A CONIB, notória por sua conexão com a #extrema #direita, ao buscar me calar e censurar, arremete #contra a #democracia. Tenta dobrar o Estado brasileiro aos interesses de um sistema supremacista e facínora. Querem me usar como exemplo para provocar #medo e #intimidação, com o objetivo de silenciar a denúncia contra os brutais e imperdoáveis crimes do governo israelense, que incluem o assassinato de inúmeros jornalistas.

A #gravidade do comportamento dessa obscura entidade salta às vistas.

Oxalá as instituições nacionais sejam capazes de perceber suas reais intenções e deter sua ofensiva autoritária, de flagrante desrespeito à Constituição e à #soberania do país.

hudsonlacerda@diasporabr.com.br

#direita #humor #Brasil
https://nitter.dark.fail/hospicio_brasil/status/1612863769448693761#m

Em apenas dois dias, a pauta da direita passou de intervenção militar & morte ao comunismo para fome & Direitos Humanos.
Olavo tá putaço.

Jan 10, 2023 · 5:27 PM UTC · Twitter for Android
Carlos Hsg
@CarlosHsg5
3h
Replying to @hospicio_brasil
Kkkkkkk
Hipercondríaca
@cppguerra
1h
Replying to @hospicio_brasil
Tô achando o Olavo muito calado sobre tudo isso 🤔

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Vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez concede entrevista a Mônica Bergamo na sede da Fundação Perseu Abramo, em São Paulo Rubens Cavallari - 26.jul.2022/Folhapress

28.jul.2022 às 4h00

#MônicaBergamo é jornalista e colunista.


No próximo dia 7, a #Colômbia viverá um momento histórico: #GustavoPetro, eleito presidente em junho, tomará posse como primeiro presidente de #esquerda da história do país.

Mais simbólica ainda será a chegada da vice-presidente eleita, #FranciaMárquez, ao poder. Aos 40 anos, advogada e ativista ambiental, ela será a primeira #mulher #negra a ocupar um cargo tão elevado na hierarquia colombiana.

Francia nasceu em Suárez, no Vale do Cauca, e ficou conhecida pela luta contra a mineração ilegal. Mãe solo aos 16 anos (ela hoje tem dois filhos), trabalhou como empregada doméstica para pagar os estudos.

A força de sua figura emblemática fez com que ela tivesse uma agenda superlotada na terça (26) em São Paulo, onde se encontrou com o ex-presidente #Lula ( #PT ). Na mesma tarde, abriu espaço para se reunir com lideranças de movimentos negros, do #MST, do #PSOL e lideranças #LGBTQIA+ na sede da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT.

Anotou tudo o que ouviu, tirou selfies e depois partiu para o Rio de Janeiro para se encontrar com novas lideranças.

Antes de viajar, Francia Márquez concedeu uma entrevista à coluna em que defendeu a legalização das drogas, revelou como mulheres negras na Colômbia foram violentadas e marcadas como animais, reconheceu que a esquerda governará em contexto mundial adverso e disse torcer pela eleição de Lula.

A senhora veio ao Brasil e se reuniu com Lula e com diversas lideranças políticas e sociais —nenhuma delas ligada a Jair Bolsonaro. Como vai ser a relação de seu governo, que começa em agosto, com o dele, que fica no cargo pelo menos até dezembro?

Eu vim ao Brasil para me reunir com líderes políticos e sociais, tanto do movimento negro quanto de esquerda. Acabo de falar com o candidato à Presidência do Brasil que espero que ganhe as eleições, Lula da Silva.

E digo isso porque acredito que Lula é o único presidente que levou em consideração os direitos da população negra no Brasil. Um país em que mais de 50% das pessoas são negras tem que pensar em políticas de governo a favor dessa população.

É como uma diáspora africana, uma diáspora de descendência africana. Temos um enraizamento negro profundo. Brasil e a Colômbia são os dois países da América Latina com a maior população afrodescendente da região.

São cerca de 200 milhões de afrodescendentes ou negros, o que exige uma política internacional para lutas contra o racismo.

Em segundo lugar, sou a primeira mulher de ascendência africana a ser eleita vice-presidente da Colômbia, em duzentos anos [de pleitos eleitorais]. E a segunda da região [antes dela, #EpsyCampbell foi eleita vice-presidente da #CostaRica, em 2018].

Nesse sentido, meu compromisso, além da responsabilidade legal que tenho na Colômbia, é também de impulsionar as lutas dos movimentos sociais negros, dos movimentos #indígenas, dos movimentos #camponeses, dos movimentos #ambientais que ajudam a enfrentar o desafio da crise ambiental, dos movimentos de #mulheres por seus #direitos à #igualdade e #justiça. Essa é a razão pela qual vim ao Brasil.

Sobre o governo #Bolsonaro: o povo brasileiro votou nele. E respeitamos essa decisão, ainda que não concordemos com as ideias e políticas dele.

Temos políticas de compromisso social, e as políticas do presidente Bolsonaro são de outra dimensão. Mas nós o respeitamos porque o povo brasileiro votou nele, e os povos têm autonomia para decidir sobre seu destino. Tentaremos ter as relações necessárias e possíveis para que haja tranquilidade na região.

Há algum temor de que o presidente Bolsonaro não respeite o resultado das #eleições brasileiras e haja turbulências? Vocês têm isso no radar?

Na Colômbia também enfrentamos o processo eleitoral com muitos receios. Nos últimos dias de campanha, [o candidato a presidente] Gustavo Petro e eu precisamos fazer discursos cercados por escudos antibalas por causa das ameaças de assassinato que recebíamos.

Foi muito complicado. E esperamos que esse processo no Brasil seja democrático, tranquilo, que transcorra em paz e que os brasileiros tomem a sua decisão.

Se o processo democrático não for respeitado, haverá uma violação aos direitos humanos.

Se isso ocorrer, vocês, brasileiros, teriam que ver em primeiro lugar o que fazer. E nós levantaríamos a nossa voz a favor da democracia na região, a favor da paz, a favor da garantia dos direitos humanos com todo o respeito que cada governo e cada país merece.

A senhora é #ambientalista, e a Colômbia compartilha a #floresta amazônica com o Brasil. Como vê as políticas do governo Bolsonaro para a região?

A #Amazônia é compartilhada por #Brasil, #Peru, Colômbia. E, nesse sentido, é um ecossistema. Um governo que não pensa em conservar ou proteger a Amazônia, reconhecendo que ela é o pulmão do mundo, que grande parte da biodiversidade do ar e da vida é gerada neste lugar, é um fracasso.

Conservar e cuidar da floresta é um desafio, sim, para o nosso governo e para o governo do Brasil, frente à crise ambiental do planeta.

De nossa parte, acompanhamos a decisão dos povos de cuidarem de seu território como um espaço de vida.

Nosso governo se comprometeu a fazer a #transição da #economia extrativista para a economia sustentável. E vamos trabalhar nisso. É claro que a mudança não acontece da noite para o dia. É um processo que implica adaptações institucionais, normativas, #pesquisa, #ciência e #tecnologia para fazer essas inovações.

Mas é uma necessidade mudarmos para um modelo econômico que seja sustentável. Na Colômbia, estamos dispostos a começar a jornada. Esperamos que isso aconteça em toda a região.

A Colômbia elegeu pela primeira vez em sua história um governo de esquerda. Países como #Chile, #Bolívia e #Argentina também têm presidentes desse campo político, o que tem sido visto como uma nova "onda rosa" no continente. Caso Lula não ganhe as eleições, essa onda perderia força? Ficaria mais difícil implantar as políticas que defendem?

Se Lula ganhar, seguramente será mais fácil promover essas agendas pois seu governo já tinha começado a adotar políticas de inclusão, de erradicação da fome, políticas para garantir a participação de mulheres.

Se ele não vencer as eleições, os movimentos brasileiros vão seguir na resistência, não? E nós, desde a Colômbia, vamos ter que ver como nos articularemos com o movimento do Brasil, que é enorme, que é diverso, que é gigante e coloca as lutas sobre a mesa.

Mas se Lula ganhar será magnífico porque não somente vamos nos articular entre movimentos sociais, mas também com um governo que terá agendas muito semelhantes às que impulsionaremos a partir da Colômbia.

Na primeira "onda rosa" da América Latina, no começo dos anos 2000, o momento econômico era muito favorável. E agora há pandemia, guerra, inflação e recessão. E uma nova direita emergiu com força nesses países. Será possível à esquerda repetir os êxitos de distribuir renda e tirar tantas pessoas da pobreza? Ou pode haver uma grande frustração?

A Colômbia nunca fez parte dessa onda. Os governos do país sempre foram de #direita ou de #ultradireita. Os povos étnicos, os movimentos de esquerda nunca tiveram a oportunidade de governar.

É a nossa primeira experiência de governo. O momento é mais difícil, mas ele seria difícil também para um governo de direita.

Ainda que adverso, assumimos a necessidade de mudanças. E vamos implementá-las, em meio às diferenças e às possibilidades que se apresentam. A Colômbia tem vários #desafios, e um deles é chegar à #paz. Se alcançarmos a paz completa na Colômbia, toda a região se beneficiará. Estamos buscando um grande acordo nacional.

Outro desafio é enfrentar o #racismo estrutural.

Vamos criar o Ministério da Igualdade, fundamental para que o país comece a reconhecer que existem comunidades vulneráveis, que as maiorias não têm condições básicas para viver com dignidade, que há uma desigualdade histórica no país que precisa ser superada.

Vamos criar também a Comissão de Reparação Histórica sobre os efeitos da #escravidão e do #colonialismo.

Além do cenário econômico adverso, vocês têm também uma #oposição de direita muito forte no #Congresso. De novo: as #expectativas geradas não estão muito altas?

É claro que as pessoas têm expectativas, pois nunca antes houve um governo progressista e de esquerda. Mas temos sido muito honestos. Obviamente que não se transformam 500 anos de opressão, exclusão e violência em apenas quatro anos [duração do mandato de Gustavo Pietro e da vice].

Seguramente muitas das mudanças que desejamos não conseguiremos fazer. Mas temos focado em alguns pontos, como os acordos de paz, as questões energéticas, a recuperação da produção do campo colombiano. Talvez não com uma #reformaagrária, que é o desafio maior, mas com o que já existe. O Estado tem terras, as famílias têm terras, os indígenas têm terras produtivas.

O que todos precisam é de apoio para produzir: Subsídios, estrada, infraestrutura, conectividade, tecnologia para desenvolver seus projetos.

Os #EUA e a Colômbia há muitos anos declararam a chamada #guerra às #drogas. A senhora acredita na sinceridade dessa guerra? Ou ela serviu de pretexto para que os norte-americanos pudessem ter uma presença militar muito forte no país, com sete bases e inclusive deslocamento interno de tropas? Como será a partir de agora a relação entre os dois países?

A ideia é fortalecer a relação com os Estados Unidos. Já estamos falando com eles a partir de novos enfoques. Não o de segurança, mas, sim, o de justiça social, o de enfrentamento das mudanças climáticas.

Estamos conversando sobre novos caminhos para mudarmos o paradigma da #política antidrogas, que tem sido ineficaz, que tem deixado mortos nos territórios e riquezas nos bancos. Que tem levado corrupção às instituições do Estado colombiano.

Conversamos agora em termos de regularização, de legalização [das drogas], de mudar o uso da #coca e da #maconha para produzir #medicamentos, #alimentos e para uso na indústria #têxtil.

A senhora acredita que a Colômbia está pronta para discutir a legalização das drogas?

Nunca esteve pronta. Assim como nunca esteve pronta para ter uma vice-presidente mulher e negra. E aqui estou eu.

Nenhum país nunca estará pronto [para certos temas] se não fazemos o exercício da mudança. O Brasil nunca estará pronto para a participação das mulheres se algumas não se atrevem a disputar o poder. Há que fazer. Há que tentar, pelo menos. E é isso o que nós vamos fazer.

E a presença #militar dos EUA na Colômbia?

Ainda não dialogamos sobre isso. O que, sim, vamos fazer é uma #reforma nas #polícias para que elas atuem de acordo com os #direitoshumanos, para que jovens, camponeses e líderes sociais colombianos deixem de morrer, para que elas recuperem a confiança da sociedade.

​A Colômbia voltará a ter relações com a #Venezuela e reconhecerá #NicolásMaduro como presidente do país?

Claro que sim. Ele é o presidente. Vamos rever as relações com a Venezuela para garantir os direitos sobretudo de todas as pessoas que vivem nas fronteiras e que foram afetadas por essa política violenta entre a Colômbia e aquele país. Vamos resolver o conflito fronteiriço, reativar o comércio que existia nas fronteiras e encontrar o caminho que nos permita sair desse conflito armado.

Como vê o governo de Maduro?

Eu o respeito tanto quanto respeito o governo do Brasil. Seguramente não compartilhamos de muitas coisas, mas é o governo que os venezuelanos elegeram, assim como Bolsonaro é o presidente que vocês elegeram aqui. Então nós os respeitamos e reconhecemos.

Reconhecemos a autonomia e a autodeterminação dos povos, mesmo que não estejamos de acordo com eles. Mas, em meio a divergências e desacordos, eu acredito que se pode construir.

A ex-presidente #Dilma Rousseff dizia que os homens no poder, por mais duros que sejam, são vistos como firmes, decididos. E que o olhar para a mulher é diferente, há muitos preconceitos. É isso mesmo. Nenhuma mulher que não tenha caráter vai chegar a um lugar como o que eu cheguei. Para chegar ao poder, se necessita caráter, mostrar que somos capazes.

Na campanha, diziam a meu respeito: "Ah, por que ela não ri?". Porque não há do que rir. A mulher não tem que estar todo o tempo sorrindo na política. Os homens não sorriem todo o tempo.

#machismo na política, e temos que romper com isso. Com os estereótipos e com as formas erradas de se medir as mulheres na política. Eu acredito que temos o direito de nos expressarmos da forma que queiramos. Isso também é bem político.

​> Há hoje questionamentos sobre o que se chama de "feminismo branco", em que os problemas e anseios das mulheres #negras não teriam sido reconhecidos. Como você se relaciona com o feminismo e o que pensa disso?

Eu venho reconhecendo o #feminismo e aprendendo [com ele], reconstruindo-me do machismo também. Mas reconhecendo que as violências patriarcais e de #gênero não afetam todas as mulheres da mesma maneira, ainda que sejam as mesmas violências.

Portanto, as políticas têm que levar em consideração a interseccionalidade de raça, classe e gênero.

A Comissão da Verdade na Colômbia acaba de entregar o relatório específico sobre povos étnicos, negros e indígenas. Ele mostra que uma grande parte das mulheres do país experimentou efeitos desproporcionais do conflito armado. Muitas foram estupradas. Mas as mulheres negras, além disso, foram marcadas, como no tempo da escravidão.

Isso mostra o nexo entre o racismo e o conflito armado. Os atores armados, além de violarem aquele #corpo por ser mulher, consideraram que, por ser negra, poderiam marcá-la como a um animal.

delmon_neto@diasporabr.com.br

#política #direita #esquerda
O famoso grupo do "ódio do bem"
https://twitter.com/gomesnilson/status/1541951602252210182?s=20&t=zDPlG9BToZzmznqRaYH12Q

delmon_neto@diasporabr.com.br

#política #direita #esquerda

Xiiiiiiii
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